{"id":509,"date":"2011-10-25T14:19:44","date_gmt":"2011-10-25T17:19:44","guid":{"rendered":"http:\/\/blog.diraol.eng.br\/?p=509"},"modified":"2011-10-25T14:19:44","modified_gmt":"2011-10-25T17:19:44","slug":"1a-conferencia-usp-parte1","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blog.diraol.eng.br\/2011\/10\/25\/1a-conferencia-usp-parte1\/","title":{"rendered":"1a Confer\u00eancia de Engenharia da USP – Parte 1"},"content":{"rendered":"
Hoje come\u00e7ou a “Primeira Confer\u00eancia de Engenharia da USP”, que vai at\u00e9 amanh\u00e3.<\/p>\n
S\u00e3o dois dias para discutir Engenharia e seu papel na sociedade – falando de forma beeeeem ampla.<\/p>\n
A organiza\u00e7\u00e3o dessa primeira confer\u00eancia est\u00e1 focando a discuss\u00e3o em “Sustentabilidade”. Abaixo segue o meu relato da primeira parte (manh\u00e3 de hoje – 25-10-2011).<\/p>\n
Ah, vou deixar meus coment\u00e1rios destacados em negrito…..<\/p>\n
Composi\u00e7\u00e3o da Mesa: \nProf. Jo\u00e3o Fernando de Oliveira – Presidente\/Diretor do IPT\u00a0 (representando\u00a0Jorge Almeida Guimar\u00e3es, presidente da CAPES) \nProf. Marco Ant\u00f4nio Zago – Pr\u00f3-Reitor de Pesquisa da USP \nProf. Jos\u00e9 Roberto Cardoso – Diretor da Escola Polit\u00e9cnica da USP \nProf. Jos\u00e9 Castilho Piqueira – Vice-Diretor da Escola Polit\u00e9cnica da USP<\/p>\n
Convidados presentes: \nProf. Fl\u00e1vio Ulhoa Coelho – Diretor do IME-USP \nNilson Dias Vieira Junior\u00a0 – Superintendente do IPEN \nCapit\u00e3o H\u00e9lio Meira dos Santos (Marinha) \nVice-Almirante Luiz Guilherme (Marinha)<\/p>\n
A abertura foi feita pelo Prof. Piqueira: \nFalando sobre o mercado de engenharia ele comentou que em 1974, quando se formou em Engenharia na USP S\u00e3o Carlos, a Engenharia estava “em alta” e o conseguir emprego era f\u00e1cil. \nJ\u00e1 no per\u00edodo de 1985 a 2000 a engenharia perdeu sua participa\u00e7\u00e3o nas a\u00e7\u00f5es importantes do pa\u00eds, saindo do papel central do desenvolvimento em virtude de um modelo de trazer tecnologias de fora do pa\u00eds. \n\u00c0 partir dos anos 2000 a engenharia voltou \u00e0 cena com o surgimento de construtoras grandes e pequenas, com a Embraer, VASP e outras tantas, e percebeu-se que n\u00e3o existe progresso sem engenharia. \nHoje diz-se que faltam engenheiros, que o Brasil precisa “disso e daquilo”, mas esses problemas (falta de engenheiros) n\u00e3o ser\u00e3o resolvidos “numa penada”, \u00e9 preciso retormar o progresso de uma maneira coordenada, pensando muito na forma\u00e7\u00e3o dos professores e profissionais. \nEle colocou tamb\u00e9m a pergunta “Quais s\u00e3o os grandes problemas do mundo hoje?”. \nOs principais problemas por ele elencados foram: Energia, \u00c1gua, Meio Ambiente, Sa\u00fade, e, principalmente, a democratiza\u00e7\u00e3o da qualidade de vida. \nE ele completou dizendo que a engenharia \u00e9 fundamental para resolv\u00ea-los. \nEm seguida ele disse que foi por isso que ele e os Professores Vanderlei John (Civil-Poli), Ivan Falleiros (PMT-Poli) e Henrique Rosenfeld (Produ\u00e7\u00e3o – S\u00e3o Carlos), com a ajuda da pr\u00f3-reitoria de pesquisa, resolveram aceitar o desafio e trazer as principais autoridades do pa\u00eds para falarem sobre as coisas \u00fateis da engenharia para fazer um debate construtivo sobre a engenharia do pa\u00eds. \nEle encerrou com agradecimentos especiais aos Professores Vanderlei John, Ivan Falleiros, Jos\u00e9 Roberto Cardoso, Henrique Rosenfeld e Nakao.<\/p>\n
Em seguida a palavra foi passada ao Prof. Jos\u00e9 Roberto Cardoso:<\/strong> \nEle come\u00e7ou expondo alguns n\u00fameros da Engenharia no Brasil. \nEm 2010 foram abertas 180 mil vagas em engenharia no pa\u00eds, sendo que apenas 150mil foram preenchidas. \nEntraram 150 mil estudantes em cursos de engenharia, e se graduaram apenas 30 mil. \nExistem 30 mil (ou 130mil? Perdi o n\u00famero…)<\/em>\u00a0 estudantes de engenharia hoje no pa\u00eds. \nN\u00e3o existe profiss\u00e3o de t\u00e3o baixo rendimento de egressos, “temos apenas 20% de rendimento” (sic)<\/em>. \n\u00c9 preciso rediscutir as t\u00e9cnicas de ensino para reverter este quadro. \n60% do contingente de alunos abandonam o curso no final do segundo ano. \nA presen\u00e7a feminina tamb\u00e9m \u00e9 algo que peca na engenharia. No brasil inteiro as mulheres s\u00e3o apenas 14%, na EPUSP elas s\u00e3o aproximadamente 25%. \nAchei muito legal ele destacar essa quest\u00e3o com tanta \u00eanfase, por\u00e9m n\u00e3o vejo, na Poli (e em nenhum outro lugar), a\u00e7\u00f5es concretas para mudar essa realidade. Ainda vivemos num po\u00e7o de machismos e autoritarismos – seja por parte de estudantes, centros acad\u00eamicos e afins, seja por parte dos docentes. Isso pensando em gradua\u00e7\u00e3o. Se for pensar em p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o e doc\u00eancia \u00e9 pior ainda, visto que n\u00e3o existe qualquer tipo de iniciativa para, por exemplo, permitir que elas constituam uma fam\u00edlia – um homem quando quer ter filh@ \u00e9 f\u00e1cil, para a mulher \u00e9 MUITO diferente).<\/strong> \nIsso \u00e9 importante pois est\u00e1 provado que com a inser\u00e7\u00e3o da mulher no mercado a qualidade do mercado melhora. \nEm contraposi\u00e7\u00e3o ao meu elogio \u00e0 cita\u00e7\u00e3o da quest\u00e3o, este ponto reduz a participa\u00e7\u00e3o da mulher “ao mercado”, o que eu acho p\u00e9ssimo! Tem muito mais quest\u00f5es envolvidas.<\/strong> \nNo segundo semestre de 2010 ingressaram no pa\u00eds 22.500 estrangeiros com visto de trabalho, sendo aproximadamente 15mil engenheiros. \n30% dos engenheiros no Brasil trabalham para a Petrobr\u00e1s. \nNa p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o foram titulados, no Brasil, 10.500 doutores (a p\u00f3s est\u00e1 melhor que a gradua\u00e7\u00e3o), sendo 1500 nas engenharias. \nUma das grandes preocupa\u00e7\u00f5es \u00e9 a reestrutura\u00e7\u00e3o dos cursos de engenharia, e a EPUSP est\u00e1 num momento de repensar sua Estrutura Curricular. \nA Poli tem hoje 16 modalidades, com o total de 17 cursos, de engenharia. \nOs engenheiros da Poli saem muito especializados, seguindo um conceito introduzido na d\u00e9cada de 70. Na \u00e9poca falava-se do “engenheiro saindo produzindo”. \nEm nossa \u00e1rea temos o Engenheiro de Telecomunica\u00e7\u00f5es, de Energia e Automa\u00e7\u00e3o, de Automa\u00e7\u00e3o e Controle. Ser\u00e1 que \u00e9 necess\u00e1ria tanta especialidade? Ser\u00e1 que n\u00e3o \u00e9 melhor pensar num engenheiro mais generalista? \nJ\u00e1 est\u00e1 provando que aquele engenheiro com conhecimentos mais abrangentes \u00e9 mais inovador. \nPor exemplo a IBM \u00e9 notoriamente uma das maiores especialistas em computadores, mas a inven\u00e7\u00e3o do microcomputador foi feita numa garagem, e n\u00e3o dentro dela. \nA AT&T sempre foi uma das maiores especialistas em telecomunica\u00e7\u00f5es, mas n\u00e3o foi quem lan\u00e7ou o primeiro celular. \nA especializa\u00e7\u00e3o \u00e9 inibidora da inova\u00e7\u00e3o. \nA ideia \u00e9 promover uma “forma\u00e7\u00e3o em T”, com uma forma\u00e7\u00e3o abrangente e posteriormente se focar numa determinada especialidade. \nEmpreendedorismo e Administra\u00e7\u00e3o n\u00e3o s\u00e3o coisas natas do ser humano, s\u00e3o coisas que se aprende. Existem exemplos emblem\u00e1ticos, na EPUSP, de estudantes que tiveram grandes ideias e produziram grandes empresas. Precisamos incentivar isso, orientando-os em como fazer isso.<\/p>\n
O pr\u00f3ximo a falar foi o Professor Jo\u00e3o Fernando de Oliveira (IPT), representando o presidente da CAPES:<\/strong> \nEle come\u00e7ou expondo que a situa\u00e7\u00e3o atual do brasil com rela\u00e7\u00e3o \u00e0 recursos humanos e a forma\u00e7\u00e3o desses est\u00e1 ruim. \nEle colocou que a inova\u00e7\u00e3o depende muito da disposi\u00e7\u00e3o e vontade dos jovens, e que hoje, no Brasil, n\u00e3o se consegue motivar os jovens. \nEm suas aulas o Prof. Jo\u00e3o Fernando tem tentado t\u00e9cnicas diferentes, partindo de a\u00e7\u00f5es pr\u00e1ticas para depois trazer a teoria sobre aquela pr\u00e1tica.<\/p>\n
Aqui deixo algumas Indicações de livros infantis (desde bebês até crianças) que fizeram sucesso com o David (ou com coleguinhas da idade dele ou mais velhos).
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